A origem do surf é atribuída aos polinésios, mesmo tendo algumas versões da história que retrata os peruanos como os primeiros surfistas da história, surfar faz parte da antiga cultura polinésia. O “mandachuva” de uma comunidade era sempre o que tinha a melhor prancha, feita da melhor arvore e era também o mais habilidoso nas ondas. As classes mais altas tinham acesso às melhores praias e às melhores pranchas, enquanto os plebeus não tinham acesso a certas praias. No entanto, mesmo as classes mais baixas podiam aspirar a ganhar esse acesso e prestígio, se demonstrassem habilidade para surfar.
Utilizavam-se inicialmente no Hawaii pranchas de madeira denominadas Alaia e eram confeccionadas pelos próprios praticantes. Acreditava-se que ao praticar o esporte, se libertava toda a energia negativa pelo contato com o mar e fabricando sua própria prancha, passava-se energia positiva pra ela. Os primeiros praticantes criam que o esporte fazia culto ao espírito do mar. O reconhecimento mundial do esporte veio com o campeão olímpico de natação e considerado pai do surf moderno, o havaiano Duke Paoa Kahanamoku que, ao ganhar a medalha de ouro nos jogos olímpicos de 1912, disse em entrevista que o seu treino se resumia em “cavalgar sobre as ondas com uma tábua de madeira” e a partir dai passou a ser o maior divulgador do esporte
Já na década de 1940, o surf tornou-se popular nas praias do sul da Califórnia entre os jovens. Em 1974, com o início dos campeonatos de surf, tornou-se popular em todo o mundo, quando iniciou seu emergente profissionalismo. A evolução do surf moderno se deu com a inovação das pranchas que vieram principalmente dos australianos, que tornaram seu país o detentor do maior número de campeões mundiais do surf. Podemos concordar que o surfista mais conhecido do mundo é o Floridense Kelly Slader que já soma 11 títulos mundiais.
Já no Brasil o surf teve seu início em Santos, onde as primeiras pranchas eram chamadas de tábuas havaianas e chegaram por meio de turistas e funcionários de empresas aéreas. Thomas Ernest Rittscher, americano, trouxe dos Estados Unidos, uma revista chamada Popular Mechanic. Um dos artigos ensinava como se fazer uma prancha. Foi o que Thomas fez e posteriormente ajudou os amigos a produzirem suas “tábuas havaianas”, a prancha tinha 3,60 metros e pesava oitenta quilogramas. As primeiras pranchas de fibra de vidro importadas da Califórnia, só chegaram ao Brasil em 1964.
Hoje em dia, a prática do surf é muito mais difundida e muito melhores são as alternativas para uma melhor prática. O uso de novas tecnologias vem ajudando o esporte exponencialmente, como melhores equipamentos, vestimentas e sites e aplicativos especializados que mostram onde é o melhor pico pra pegar aquela onda.
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